Já fiz uma postagem sobre a candidatura Marcelo Freixo. Admiro-me quando leio, na blogosfera, ataques a Marcelo Freixo tão desqualificados quanto os que a oposição DemoTucana faz ao Governo Dilma. Sou petista e voto nos candidatos do PT. Se, no Rio de Janeiro, o PT tivesse candidato, votaria nesse candidato, mas o PT prefeiriu compor a imensa frente política de vinte partidos (!!) que apóia o ex-flagelador de Lula Eduardo Paes. Não vou fazer juízo do prefeito carioca, mas não consigo aceitar certas críticas a Marcelo Freixo, pretensamente pela esquerda (candidato da Globo, candidato dos ricos e até candidato do PSDB/DEM, antes de eles lançarem candidatos próprios).
Do jeito que as coisas andam, não vou dizer que nunca votaria em alguém como Eduardo Paes. Paes deve ter seus méritos, senão não reuniria tantos partidos, nem teria índices de popularidade tão altos. Mas se Marcelo Freixo não é de esquerda, ninguém é. Freixo não é uma Manuela: uma imagem sem conteúdo. O cara tem trajetória e tem idéias consistentes. O fato de encantar a zona sul carioca não deveria ser encarada como defeito. Me preocupa ver gente do PT atacando Freixo utilizando os mesmos argumentos que eram usados contra o PT em seus primórdios. Não vejo muito futuro no PSOL e no seu discurso moralista, mas Marcelo Freixo me parece uma figura política diferenciada num Brasil com políticos tão parecidos em sua mediocridade.
Acho que Eduardo Paes vai ganhar, mas se houver segundo turno, o simples fato de as idéias defendidas por Marcelo Freixo serem colocadas no processo eleitoral e de ele, sozinho, evitar uma vitória acachapante de vinte partidos reunidos já será uma mensagem importante.
Se o PT, porventura, viesse me cobrar uma postura alinhada à maioria partidária do Rio de Janeiro, eu responderia: eu estou do lado do Chico Buarque.
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