Erenice Guerra foi vítima de um ataque da mídia durante a campanha eleitoral de 2010 |
Livre do processo que lhe custou o cargo de ministra-chefe da Casa
Civil, assumido após a presidenta Dilma Rousseff se afastar da pasta ao
assumir a candidatura ao Planato, em 2010, Erenice Guerra e seus advogados estudam um processo por danos morais contra os veículos de comunicação que, segundo afirmou fonte ao Correio do Brasil, nesta quinta-feira, em caráter sigiloso, “promoveu um verdadeiro linchamento público” com objetivo eleitoral.
“Em síntese: tratou-se de mais um assassinato de reputação patrocinado pela mídia!”, afirmou, em artigo publicado no CdB, o jornalista Altamiro Borges.
“O escândalo não teve apenas razões comerciais, não visou apenas
aumentar as vendas com base em matérias sensacionalistas. Ele teve
conotação política. Visou interferir diretamente nas eleições
presidenciais de 2010. Erenice era considerada o braço direito da
ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e ocupou a pasta quando esta
deixou o posto para disputar a sucessão”. O diário conservador
paulistano Folha de S. Paulo e a revista semanal de ultradireita Veja fizeram carga contra a servidora pública.
Altamiro Borges lembra que “a mesma Folha se jacta, na maior
caradura, que ‘o escândalo tirou votos de Dilma e acabou contribuindo
para levar a eleição ao segundo turno”.
“Além da Folha, a revista Veja fez da denúncia
leviana uma corrosiva peça de campanha eleitoral. Num gesto criminoso,
ela obrou a capa terrorista com o título Caraca, que dinheiro é esse. A reporcagem dizia que pacotes de até R$ 200 mil teriam sido entregues no interior da Casa Civil, então comandada por Erenice Guerra. Tudo a partir de denúncias em off,
de fontes anônimas. A revista não apresentou qualquer prova concreta e,
na sequência, também se gabou da degola da ex-ministra. Um crime!”,
acrescenta o jornalista.
“Agora, Erenice foi inocentada pela Justiça. E como ficam os assassinos de reputações da Folha e da Veja?”, questiona.
Na véspera, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região arquivou o
processo contra a ex-ministra por suposto tráfico de influência, após
acatar recomendação do Ministério Público Federal (MPF). A decisão de
arquivar a ação, por absoluta falta de provas, foi decretada na última
sexta-feira pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal.
Erenice era pessoa de confiança da presidenta quando ela ocupou o
Ministério das Minas e Energia e, em seguida, chefe da Casa Civil do
governo Lula. A ex-ministra deixou o cargo em setembro de 2010 em meio à
disputa eleitoral, já desgastada pelas denúncias veiculadas na
imprensa. Ela sempre negou todas as acusações.
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