Publicado em: De esquerda em esquerda
A matéria do jornal O TEMPO, abaixo, revela a situação humilhante que parte da direção do PT-BH se encontrou na noite de ontem. Vice-prefeito e líder do PT na Assembléia Legislativa dormiram com a nova realidade do Partido dos Trabalhadores: "manda quem pode, obedece quem tem juízo".
Por ambição pessoal, por ingenuidade ou por acreditarem que o partido continuava vivendo o processo decisório da época de criação do partido, o fato é que a brincadeira acabou.
Por ambição pessoal, por ingenuidade ou por acreditarem que o partido continuava vivendo o processo decisório da época de criação do partido, o fato é que a brincadeira acabou.
PT oficializa apoio ao projeto de reeleição de Lacerda, mas sofre com racha interno
Revoltados com o fato de os socialistas se negarem a excluir o PSDB da coligação, alguns petistas admitem abandonar a campanha
15/04/2012 20h25
Daniel Leite e Cristiano Martins
A insatisfação dos delegados derrotados no encontro que oficializou, na manhã desse domingo (15) o apoio do PT de Belo Horizonte ao projeto de reeleição do prefeito Marcio Lacerda (PSB) deverá favorecer os peemedebistas da capital.
Revoltados com o fato de os socialistas se negarem a excluir o PSDB da coligação, alguns petistas admitem abandonar a campanha e até mesmo apoiar, nos bastidores, a candidatura “puro-sangue” prometida pelo PMDB, aliado do PT em nível nacional e principal adversário de Lacerda na eleição de 2008.
O encontro foi marcado para colocar um ponto final na discussão, que ganhou sobrevida durante a semana após a resposta evasiva do PSB às exigências feitas pelo PT para formalizar a aliança – no comunicado, os socialistas confirmam que o vice de Lacerda será um petista, mas se esquivam sobre a presença dos tucanos e o pedido de coligação PT-PSB para a chapa proporcional de vereadores.
Enquanto alguns demonstravam revolta contra a direção nacional, acusada de “intervenção branca” contra o diretório municipal, outros integrantes da sigla tentavam colocar panos quentes no racha interno, que ficou evidente.
Após o assunto ter sido discutido longa e fervorosamente nos últimos três encontros municipais, o saldo foi de 291 delegados favoráveis à coligação com o PSB – mesmo com os socialistas não cedendo a todas as exigências petistas – contra 196 insatisfeitos.
Reações
Revoltado com a direção nacional da legenda, o vice-prefeito e presidente do diretório municipal, Roberto Carvalho, afirmou que a decisão pode custar caro. “Infelizmente, confirmada a presença do PSDB na chapa e na coligação de vereadores, o PT não estará unido. É uma tragédia”.
Para ele, não haverá “golpe” se parte dos petistas decidir apoiar a candidatura adversária. “O PMDB é da base aliada. Pode ser uma possibilidade, e isso não seria golpe. Golpe é desrespeitar a resolução do PT (de não aliar-se com os tucanos)”, disparou o vice.
Reforçando o tom de indignação, o deputado estadual Rogério Correia disse acreditar que o partido da estrela vermelha poderá chegar rachado ao seu principal objetivo, que são as eleições de 2014. “Não podemos, em nome de cargos e do pragmatismo, unificarmos com esses partidos (de oposição ao governo federal) em torno de uma única candidatura”, declarou.
Cotado para ser vice na chapa de Lacerda, o deputado federal Miguel Correa amenizou as insatisfações e disse acreditar que Carvalho “não vai abrir mão” de estar com o PT durante o processo eleitoral. Ele também minimizou a polêmcia sobre a coligação proporcional. “Acredito que o PSDB não participará”, resumiu.
O deputado estadual Paulo Lamac também reforçou a confiança na união do partido. “A expectativa é que o grupo cuja tese de candidatura própria foi derrotada possa rever a posição e participar do processo”.
Revoltados com o fato de os socialistas se negarem a excluir o PSDB da coligação, alguns petistas admitem abandonar a campanha e até mesmo apoiar, nos bastidores, a candidatura “puro-sangue” prometida pelo PMDB, aliado do PT em nível nacional e principal adversário de Lacerda na eleição de 2008.
O encontro foi marcado para colocar um ponto final na discussão, que ganhou sobrevida durante a semana após a resposta evasiva do PSB às exigências feitas pelo PT para formalizar a aliança – no comunicado, os socialistas confirmam que o vice de Lacerda será um petista, mas se esquivam sobre a presença dos tucanos e o pedido de coligação PT-PSB para a chapa proporcional de vereadores.
Enquanto alguns demonstravam revolta contra a direção nacional, acusada de “intervenção branca” contra o diretório municipal, outros integrantes da sigla tentavam colocar panos quentes no racha interno, que ficou evidente.
Após o assunto ter sido discutido longa e fervorosamente nos últimos três encontros municipais, o saldo foi de 291 delegados favoráveis à coligação com o PSB – mesmo com os socialistas não cedendo a todas as exigências petistas – contra 196 insatisfeitos.
Reações
Revoltado com a direção nacional da legenda, o vice-prefeito e presidente do diretório municipal, Roberto Carvalho, afirmou que a decisão pode custar caro. “Infelizmente, confirmada a presença do PSDB na chapa e na coligação de vereadores, o PT não estará unido. É uma tragédia”.
Para ele, não haverá “golpe” se parte dos petistas decidir apoiar a candidatura adversária. “O PMDB é da base aliada. Pode ser uma possibilidade, e isso não seria golpe. Golpe é desrespeitar a resolução do PT (de não aliar-se com os tucanos)”, disparou o vice.
Reforçando o tom de indignação, o deputado estadual Rogério Correia disse acreditar que o partido da estrela vermelha poderá chegar rachado ao seu principal objetivo, que são as eleições de 2014. “Não podemos, em nome de cargos e do pragmatismo, unificarmos com esses partidos (de oposição ao governo federal) em torno de uma única candidatura”, declarou.
Cotado para ser vice na chapa de Lacerda, o deputado federal Miguel Correa amenizou as insatisfações e disse acreditar que Carvalho “não vai abrir mão” de estar com o PT durante o processo eleitoral. Ele também minimizou a polêmcia sobre a coligação proporcional. “Acredito que o PSDB não participará”, resumiu.
O deputado estadual Paulo Lamac também reforçou a confiança na união do partido. “A expectativa é que o grupo cuja tese de candidatura própria foi derrotada possa rever a posição e participar do processo”.
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