De: Sul21
Irmão e empresário do jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho, Roberto de Assis Moreira foi condenado a cinco anos e cinco meses de prisão por lavagem de dinheiro e sonegação de impostos. Além disso, pagará multas equivalentes a 55 salários mínimos, por valores da época (2002 a 2003). A decisão do Tribunal Federal da 4ª Região, publicada no último dia 12, só foi divulgada nesta terça-feira (17).
De acordo com a denúncia, Assis teria atuado no sentido de esconder operações de câmbio para transferências de dinheiro do exterior para o Brasil, em valores estimados em 88 mil dólares. As operações teriam sido feitas junto à LESPAN S/A, casa cambial com sede em Montevidéu (URU).
Além disso, Assis fez uso de uma conta na Suíça entre 2002 e 2003, com depósitos de cerca de 455 mil, nenhum deles declarado ao Banco Central. Outros R$ 776 mil foram movimentados de forma oculta entre fevereiro e dezembro de 2003, segundo a denúncia.
Em sua defesa, Assis alegou que os valores eram oriundos de sua carreira como jogador de futebol profissional na Europa, por isso mantidos junto ao banco na Suíça. As movimentações financeiras teriam como objetivo remeter esses valores para o Brasil, uma vez que sua carreira como atleta profissional estava se encerrando. O empresário pode recorrer em liberdade.
Assis está envolvido em outras polêmicas. A principal delas refere-se aos convênios do Instituto Ronaldinho Gaúcho com a prefeitura de Porto Alegre, que serão alvo de CPI da Câmara de Vereadores da capital gaúcha.
Entre 2007 e 2010, a Secretaria Municipal de Educação assinou o projeto Letras e Gols com a ONG Instituto Nacional América, totalizando um repasse de R$ 2,9 milhões, que a própria prefeitura alega que foram mal aplicados. Agora, o Executivo da Capital exige a devolução de R$ 503,3 mil.
O outro convênio, chamado Jogos de Verão, contou com repasse de R$ 2,3 milhões, mas a verba era do Ministério da Justiça, que escolheu o Instituto Ronaldinho Gaúcho como entidade realizadora do programa. Nesse caso, a prefeitura apenas intermediava o repasse de recursos. Entretanto, a administração da Capital aponta que, também nessa parceria, a ONG não aplicou corretamente o dinheiro, por isso a prefeitura exige devolução de R$ 354,9 mil, que serão repassados ao governo federal.
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