Vice-Prefeito por duas vezes e, agora, alçado à Prefeito com a renúncia de Fogaça, José Fortunati é candidato à prefeitura de Porto Alegre. Dessa vez quer ser eleito por pessoas que sabem que ele é candidato.
Faz tempo que Fortunati espera essa oportunidade. No PT não teve jeito, no PDT ele esperou, mas, finalmente, chegou a sua vez. Na minha sempre modesta opinião, é o candidato mais forte entre as três candidaturas viáveis à Prefeitura Municipal (Villaverde e Manuela são as outras).
Os vinte anos em que Fortunati esteve no PT ensinaram bastante ao ex-líder sindical. Observo três coisas que Fortunati aprendeu no PT: defende-se atacando; politiza os debates mais singelos e faz o contato direto com a população. No episódio da ciclovia sob a rede da CEEE, criticada por Beto Albuquerque, respondeu com rispidez; diante da interdição da Usina do Gasômetro e do Sambódromo por falta de plano contra incêndio, Fortunati exibiu uma lista com prédios públicos que não possuem o tal plano e continuam funcionando sem que o Ministério Público os interdite, o que caracterizaria uma perseguição contra sua gestão. Ao constatar o incêndio dos containers de lixo orgânico, Fortunati não aceitou a explicação de que fosse mais um ato de vandalismo. Para o Prefeito, tratava-se de uma reação de quem se sentou prejudicado pela mudança no modelo. Na greve dos profissionais da área de saúde, Fortunati denunciou a tentativa de boicote ao atendimento da população e não cumprimento de horário, que se tornaria obrigatório com a instalação do ponto eletrônico. Por fim, diferente da omissão continuada de Fogaça, Fortunati está sempre presente nas ações de governo. O prefeito busca o máximo de exposição vinculando-se, obviamente, a obras e pontos positivos de sai gestão (sempre há pontos positivos em qualquer gestão). Essas características tornam Fortunati um candidato forte, como costumam ser os candidatos governistas. Fortunati aprendeu com o PT. O PT saberá enfrentar Fortunati?
Paz e bem!
ResponderExcluirPerguntas:
"O PT saberá enfrentar Fortunati?"
Não me parece que saiba enfrentá-lo,
em vez de unir forças
em torno de um nome forte,
acredita que só a força
de sua militância partidária (do PT)
é suficiente para voltar
ao Paço Municipal.
Mas historicamente o PT
tem dificuldade em abrir espaço
para partidos aliados --
quando ganhou em 1988
estava aliado com o PCB
e este não ficou
com uma mísera secretaria --,
que dirá abrir mão
da cabeça de chapa
para ganhar as eleições.
Parece que os petistas
preferem ser oposição
do que o mais importante partido
do governo municipal.
Óia, ou isso ou o Fortunati tá que nem eu... completamente paranóico!
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