Tal qual este que vos escreve, a maioria das pessoas que desce a ripa no tal "livro do Mec que ensina a falar errado" não deve ter lido o livro. Ainda assim, a linguística virou o tema da vez e todo mundo pontifica sobre língua e educação.
Eu não li o tal livro, mas, a princípio, acho que é salutar debater o tema. Muitos dos que atacam a admissão do falar popular como uma ameaça à língua portuguesa são tolerantes em relação ao uso de estrangeirismos. Nesse caso, enquadra-se, inclusive o professor Sérgio Nogueira, que foi ao Bom Dia Brasil detonar com o tal "livro do Mec".
Outra parte dos críticos ao "Livro do Mec" não aceita as mudanças adotadas pela reforma ortográfica., porém, defende ardorosamente a pureza do idioma contra a aceitação de certos modos de falar coloquiais, como se a deifnição do falar e escrever correto não fosse, fundamentalmente, uma convenção aprovada por alguma autoridade.
A falta de análise da situação no contexto, faz parecer que se está entregando aos alunos um livro cheio de erros gramaticais. Não é nada disso. Pequena matéria no Último Segundo ajuda a entender o caso. Artigo de Odenildo Sena aborda a questão de um modo interessante.
Não sou adepto do "politicamente correto", nem de concepções relativistas. Entendo, singelamente, que as pessoas devem buscar informações sobre o que falam.
Aliás, aqui no Rio Grande do Sul, atire a primeira pedra quem nunca se manifestou do modo gramaticalmente errado do título dessa postagem.
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