Um réu e 17 tentativas de homicídio qualificadas contra ciclistas
O Globo - reprodução , via Espaço Vital
Neis pode ir a júri popular
O Ministério Público denunciou ontem (21), à Justiça, o servidor público Ricardo José Neis, 47 anos, do Banco Central de Porto Alegre, por 17 tentativas de homicídio triplamente qualificadas (motivo fútil, mediante meio que resultou em perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas).
Ele é o autor confesso do atropelamento de um grupo de ciclistas no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, no dia 25 de fevereiro. Atualmente, Neis está recolhido no Presídio Central - depois que um laudo pericial concluiu que não havia necessidade de que ele fosse mantido internado em hospital, sob custódia.
Na denúncia, a promotora de Justiça Lúcia Helena Callegari narra que ao acelerar seu automóvel contra as vítimas, "Ricardo Neis deu início ao ato de matar, causando nelas lesões corporais comprovadas pelos boletins de atendimento médico". Segundo o MP, os ciclistas foram salvos pelo fato de estarem usando equipamentos de segurança e pelo pronto atendimento recebido.
Conforme a peça de denúncia, os crimes foram praticados por motivo fútil, tendo em vista que o denunciado queria imprimir velocidade em seu veículo, encontrando o grupo de ciclistas pelo caminho, “demonstrando extremo egoísmo e individualismo”.
Além disso, Ricardo Neis agiu mediante meio que resultou em perigo comum, uma vez que o crime foi praticado em via pública. O MP também destaca que o recurso utilizado dificultou a defesa das vítimas, que trafegavam de forma distraída com suas bicicletas, quando, foram atingidas, inclusive, pelas costas.
O processo estará sendo distribuído hoje (22) à Vara do Júri. Se a denúncia for recebida, Neis vai a júri popular.
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