A fábrica da empresa Foxconn em Shenzhen, China, é também a casa de metade de seus 420 mil funcionários. Após o trabalho, eles vão direto para seus dormitórios num campus com 2,1 quilômetros quadrados.
Lá há prédios de dormitórios para homens e mulheres separados e também para trabalhadores de cargos mais baixos.
Depois da sequência de onze suicídios entre funcionários da empresa no início do ano, cada prédio no campus da Foxconn é envolto por uma rede. Após a mórbida providência, tudo indica que não houve mais casos de suicídios desde que as redes foram instaladas, em maio.
Os corredores dos prédios ficam institucionalmente vazios e sem luz para economizar energia, manter a temperatura baixa e permitir que os trabalhadores do turno noturno possam dormir sem interrupções durante o dia.
Em um dos quartos, oito trabalhadores dormem em quatro beliches numa área equivalente a uma garagem para dois carros. Os objetos do banheiro ficam numa prateleira, dentro de canecas.
Há uma sala de televisão em cada andar e equipamentos de ginástica nos espaços entre os prédios.
Num dormitório mais moderno, a pia é colocada perto da varanda, onde os trabalhadores podem lavar suas roupas e a si próprios.
Recentemente, a gestão dos alojamentos foi terceirizada para uma empresa de operações locais, numa tentativa de dar respostas aos empregadores sobre as condições de vida de seus funcionários.
Ainda não está claro, no entanto, como o gerenciamento externo irá alterar a natureza do campus.
A multinacional fabricante de aparelhos como o iPod, iPad e o iPhone andou envolvida em uma onda de suicídios de seus empregados em fábricas chinesas chegou a anunciar este ano que deixararia de pagar compensações aos familiares de trabalhadores que se matarem.
A decisão foi tomada depois que a direção afirmou que alguns dos empregados que se suicidaram em 2010 - dez, além de outros três que tentaram o suicídio e fracassaram - o fizeram para que suas famílias recebessem uma indenização.
Os comentários geraram muita polêmica no país chinês e, no ricochete, ocorreram grandes protestos de organizações sindicais internacionais. As informações são da agência oficial Xinhua.
A Foxconn, no entanto, mantém sua teoria e assegura que tomou esta medida "para evitar que empregados se matem para obter uma grande soma de dinheiro para suas famílias", e assegura que tem provas indubitáveis de que o suicídio foi o motivo em alguns dos casos.
A maioria dos familiares de empregados que se suicidaram recebeu uma indenização de 100 mil iuanes (cerca de US$ 14,6 mil). Os suicidas eram quase todos jovens recém chegados à firma que provinham de zonas rurais e pobres da China, alguns deles com problemas emocionais como desilusões amorosas ou tristeza por terem deixado suas localidades natais.
Por outro lado, imprensa e ativistas trabalhistas asseguram que a razão dos suicídios, independente dos problemas pessoais dos empregados, tem origem na forte pressão à qual são submetidos os trabalhadores na empresa, os longos horários de trabalho e as poucas possibilidades de descanso e lazer.
Por conta dos suicídios, a Foxconn também tomou outras medidas, como a de subir - em três ocasiões - o salário de seus empregados, algo que repercutirá no preço dos produtos no mercado mundial e que fez com que as ações da companhia desabassem nas bolsas de Taiwan e Hong Kong.
A Foxconn Também contratou psiquiatras, disponibilizou linhas telefônicas de apoio para os empregados que sofram depressão e até realizou rituais religiosos na companhia.
Produzindo aparelhos para boa parte das multinacionais tecnológicas do Ocidente - como Apple, Dell, Hewlett-Packard, Nokia, Nintendo, Sony, entre outras - a Foxconn emprega 800 mil trabalhadores na sua unidade da China, dos quais 400 mil trabalham na cidade de Shenzhen, onde aconteceram 13 tentativas de suicídio.
A empresa é líder mundial na fabricação de componentes tecnológicos, produz cerca de 4% dos produtos que a China exporta ao resto do mundo.
Lá há prédios de dormitórios para homens e mulheres separados e também para trabalhadores de cargos mais baixos.
Depois da sequência de onze suicídios entre funcionários da empresa no início do ano, cada prédio no campus da Foxconn é envolto por uma rede. Após a mórbida providência, tudo indica que não houve mais casos de suicídios desde que as redes foram instaladas, em maio.
Os corredores dos prédios ficam institucionalmente vazios e sem luz para economizar energia, manter a temperatura baixa e permitir que os trabalhadores do turno noturno possam dormir sem interrupções durante o dia.
Em um dos quartos, oito trabalhadores dormem em quatro beliches numa área equivalente a uma garagem para dois carros. Os objetos do banheiro ficam numa prateleira, dentro de canecas.
Há uma sala de televisão em cada andar e equipamentos de ginástica nos espaços entre os prédios.
Num dormitório mais moderno, a pia é colocada perto da varanda, onde os trabalhadores podem lavar suas roupas e a si próprios.
Recentemente, a gestão dos alojamentos foi terceirizada para uma empresa de operações locais, numa tentativa de dar respostas aos empregadores sobre as condições de vida de seus funcionários.
Ainda não está claro, no entanto, como o gerenciamento externo irá alterar a natureza do campus.
A multinacional fabricante de aparelhos como o iPod, iPad e o iPhone andou envolvida em uma onda de suicídios de seus empregados em fábricas chinesas chegou a anunciar este ano que deixararia de pagar compensações aos familiares de trabalhadores que se matarem.
A decisão foi tomada depois que a direção afirmou que alguns dos empregados que se suicidaram em 2010 - dez, além de outros três que tentaram o suicídio e fracassaram - o fizeram para que suas famílias recebessem uma indenização.
Os comentários geraram muita polêmica no país chinês e, no ricochete, ocorreram grandes protestos de organizações sindicais internacionais. As informações são da agência oficial Xinhua.
A Foxconn, no entanto, mantém sua teoria e assegura que tomou esta medida "para evitar que empregados se matem para obter uma grande soma de dinheiro para suas famílias", e assegura que tem provas indubitáveis de que o suicídio foi o motivo em alguns dos casos.
A maioria dos familiares de empregados que se suicidaram recebeu uma indenização de 100 mil iuanes (cerca de US$ 14,6 mil). Os suicidas eram quase todos jovens recém chegados à firma que provinham de zonas rurais e pobres da China, alguns deles com problemas emocionais como desilusões amorosas ou tristeza por terem deixado suas localidades natais.
Por outro lado, imprensa e ativistas trabalhistas asseguram que a razão dos suicídios, independente dos problemas pessoais dos empregados, tem origem na forte pressão à qual são submetidos os trabalhadores na empresa, os longos horários de trabalho e as poucas possibilidades de descanso e lazer.
Por conta dos suicídios, a Foxconn também tomou outras medidas, como a de subir - em três ocasiões - o salário de seus empregados, algo que repercutirá no preço dos produtos no mercado mundial e que fez com que as ações da companhia desabassem nas bolsas de Taiwan e Hong Kong.
A Foxconn Também contratou psiquiatras, disponibilizou linhas telefônicas de apoio para os empregados que sofram depressão e até realizou rituais religiosos na companhia.
Produzindo aparelhos para boa parte das multinacionais tecnológicas do Ocidente - como Apple, Dell, Hewlett-Packard, Nokia, Nintendo, Sony, entre outras - a Foxconn emprega 800 mil trabalhadores na sua unidade da China, dos quais 400 mil trabalham na cidade de Shenzhen, onde aconteceram 13 tentativas de suicídio.
A empresa é líder mundial na fabricação de componentes tecnológicos, produz cerca de 4% dos produtos que a China exporta ao resto do mundo.
(Com informações do saite Wired e da redação do Espaço Vital).
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