O Amigos do Presidente Lula e o Conversa Afiada já comentaram, mas não posso deixar de registrar o que os repórteres Breno Costa e Cátia Seabra (competentíssima, aliás) publicam hoje na Folha de S. Paulo: a campanha de José Serra exigiu e levou os originais da gravação onde ele bateu boca com a apresentadora Márcia Peltier. Numa palavra, confiscou material jornalístico de uma emissora de televisão, permitindo que ficasse apenas parte do material, o editado, onde apenas um trecho da discussão está apresentado.
Leia o que está na Folha:
Leia o que está na Folha:
“Depois de editado, o material bruto, com imagens e áudio da discussão, foi entregue à assessoria de Serra, a pedido da campanha.
O objetivo, segundo a assessoria da emissora, era evitar vazamento do material. A assessoria de Serra afirma que levou a fita para fazer a transcrição da entrevista e que imaginou que a emissora tinha ficado com uma cópia.
Serra tem mostrado irritação durante a campanha com perguntas de jornalistas, na maioria dos casos quando abordam pesquisas de opinião.”
O objetivo, segundo a assessoria da emissora, era evitar vazamento do material. A assessoria de Serra afirma que levou a fita para fazer a transcrição da entrevista e que imaginou que a emissora tinha ficado com uma cópia.
Serra tem mostrado irritação durante a campanha com perguntas de jornalistas, na maioria dos casos quando abordam pesquisas de opinião.”
Ôpa! Quer dizer que a liberdade de imprensa no Brasil está ameaçada? A fitas – ou arquivos de computador, no caso de ser, provavelemente, uma gravação digital, não pertence è emissora. Houve uma aproprição indébita. Trancrição? Cadê? Com que finalidade?
Agora imagine se Dilma ou Lula tem um bateboca com um repórter e a campanha ou o Planalto exigem a entrega da fita? Censura! Chavismo! Ditadura! Hitler, Mussolini!
Devolva a fita, José Serra. Não só pela apropriação de uma bem físico que não lhe pertence, como, aí sim, por roubar o direito da opinião pública de saber o que realmente se passou numa atividade que não é privada, mas pública, porque se tratava da entrevista de um candidato à presidência.
A Folha, que exige até os arquivos dos processos da Ditadura para saber tudo sobre o que se passou há 30 anos com Dilma e que manda gente á Bulgária para tratar das aventuras de seu pai nos anos 20, não vai exigir que o candidato devolva as fitas e restaure aos brasileiros o direito de ver o que se passou.
Bendita seja a repórter do Terra que gravou o áudio. Sem isso, nem mesmo saber o que tinha se passado, saberíamos. Palmas para a imprensa que mostra a verdade. Vergonha para o candidato que a sequestra e para a imprensa que silencia diante disso, ao ponto da matéria não ter sido nem posta na intenet
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por sua opinião