Entre 99 e 2000, Collares cunhou a expressão "sou anti-PT", como um mantra. O antipetismo, que já existia, ganhou um bordão fortíssimo. Quanto menos a pessoa fosse capaz de construir uma crítica racional ao PT, mais ela utilizava o mantra. A frase pegou e embalou um forte movimento de irracionalismo contra o PT.
A mágoa do Collares contra o PT era antiga e gerou uma vingança dura, muito dura.
Agora, Collares manda bala contra a "neutralidade ativa" de Fogaça e passa a apoiar, aqui e lá, os candidatos lançados pelo PT.
Na política, a coerência percorre caminhos sinuosos e misteriosos.
Escrevo isso não porque ache inaceitável o apoio do Collares, acho é muito bom. Escrevo para reavivar a memória e para prevenir o futuro. Por vezes, a vitória chega pelas mãos de um antigo adversário.
Collares não é um salvador, o título do post é exagerado, mas sua atitude pode estar marcando bem mais que um apoio; pode significar o início do fim da vida útil do mantra "sou anti-pt".
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