A leitura de jornais e revistas nos últimos dez dias pode produzir no observador desconfiado a suspeita de que existe um movimento, com participação voluntária ou indireta de alguns veículos da mídia, para livrar o goleiro Bruno Fernandes de condenação no caso do desaparecimento de sua ex-amante Eliza Samudio.
Desde a veiculação, no Fantástico de domingo, dia 18 de julho, e no Jornal Nacional na noite seguinte, de um vídeo "plantado" no avião que transportava o jogador e seu amigo e suposto cúmplice Luiz Henrique Romão, conhecido como "Macarrão", o viés das investigações mudou de rumo. A polícia parece tender a concentrar as responsabilidades no amigo do atleta.
Em outro vídeo, gravado dentro da penitenciária na região de Belo Horizonte, onde está hospedado, Bruno Fernandes lembra que o prazo da acusação está acabando e ameaça processar o Estado.
No fim de semana, nem uma palavra dos jornais sobre o assunto. Na segunda-feira (26/7), ainda nenhuma novidade no Estado de S.Paulo e duas notas na Folha de S.Paulo e no Globo.
No Globo, o Judiciário responde dizendo que o goleiro pode ficar mais trinta dias preso com os outros sete acusados, porque, quando em liberdade, eles tentaram atrapalhar as investigações, ocultando provas e manipulando testemunhas.
Caminho livre Depois da divulgação dos vídeos, ganham menção na imprensa e na internet frases que induzem o leitor a acreditar que a jovem Eliza Samudio na verdade não estaria morta, apenas resolveu desaparecer para se vingar do ex-amante.
A imprensa não parece estranhar que os acusados sejam defendidos pelo mesmo advogado, mesmo com as evidências de que, em muitos aspectos, eles têm interesses contrários.
A ex-mulher do goleiro já foi e voltou algumas vezes em sua decisão de trocar de advogado, enquanto o adolescente J. e outra testemunha, primo de Bruno, entram em seguidas contradições conforme quem conduz o interrogatório.
Todas as versões desses depoimentos ganham igual atenção, sem diferenciação crítica por parte dos jornais. Na Folha, declaração do governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, na segunda-feira (26), afirmando que o vazamento dos dois vídeos depõe contra a polícia mineira.
A polícia mineira ganhou notoriedade como... a polícia mineira – aquela que consegue fazer urubu confessar que é gavião.
O desinteresse da imprensa pode deixar o caminho aberto para qualquer manobra no inquérito.
Desde a veiculação, no Fantástico de domingo, dia 18 de julho, e no Jornal Nacional na noite seguinte, de um vídeo "plantado" no avião que transportava o jogador e seu amigo e suposto cúmplice Luiz Henrique Romão, conhecido como "Macarrão", o viés das investigações mudou de rumo. A polícia parece tender a concentrar as responsabilidades no amigo do atleta.
Em outro vídeo, gravado dentro da penitenciária na região de Belo Horizonte, onde está hospedado, Bruno Fernandes lembra que o prazo da acusação está acabando e ameaça processar o Estado.
No fim de semana, nem uma palavra dos jornais sobre o assunto. Na segunda-feira (26/7), ainda nenhuma novidade no Estado de S.Paulo e duas notas na Folha de S.Paulo e no Globo.
No Globo, o Judiciário responde dizendo que o goleiro pode ficar mais trinta dias preso com os outros sete acusados, porque, quando em liberdade, eles tentaram atrapalhar as investigações, ocultando provas e manipulando testemunhas.
Caminho livre Depois da divulgação dos vídeos, ganham menção na imprensa e na internet frases que induzem o leitor a acreditar que a jovem Eliza Samudio na verdade não estaria morta, apenas resolveu desaparecer para se vingar do ex-amante.
A imprensa não parece estranhar que os acusados sejam defendidos pelo mesmo advogado, mesmo com as evidências de que, em muitos aspectos, eles têm interesses contrários.
A ex-mulher do goleiro já foi e voltou algumas vezes em sua decisão de trocar de advogado, enquanto o adolescente J. e outra testemunha, primo de Bruno, entram em seguidas contradições conforme quem conduz o interrogatório.
Todas as versões desses depoimentos ganham igual atenção, sem diferenciação crítica por parte dos jornais. Na Folha, declaração do governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, na segunda-feira (26), afirmando que o vazamento dos dois vídeos depõe contra a polícia mineira.
A polícia mineira ganhou notoriedade como... a polícia mineira – aquela que consegue fazer urubu confessar que é gavião.
O desinteresse da imprensa pode deixar o caminho aberto para qualquer manobra no inquérito.
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