Errei a previsão que fiz sobre o PNDH. Achei que o Governo iria aceitar umas coisas e deixar de lado outras. A pressa é inimiga da previsão. Como estava dito na mesma postagem, o PNDH é uma obra de conjunto, fruto da Conferência. Não poderia ser podado. A decisão do Governo acabou sendo um jogo de palavras. Em vez de "Fica aprovado", no Decreto, dirá "torna público" o PNDH. A mudança é tênue, embora possa gerar muitas críticas aos participantes da Conferência. O decreto do PNDH I utilizou a expressão "fica instituído". Enfim, é um modo de resolver formalmente a questão para evitar mais repercussões políticas.
Em "O jornalismo derrotado", Marcos Rolim mostra o grau de manipulação da mídia em relação ao tema. Alberto Dines, no Observatorio da Imprensa, confirmou minha desconfiança de que a ANJ articulou seus veículos para desenvolverem uma única versão sobre o tema. Ontem, conhecendo os argumentos dos defensores do PNDH, o Jornal Nacional tratou de fazer uma comparação entre o PNDH "do Presidnete Fernando Henrique" e o PNDH "do Presidente Lula". Ora, os PNDHs são resultado das conferências de Direitos Humanos, portanto, não são uma proposta de governo, são diretrizes para uma política de estado.
Não entendo bulhufas de economia ou de política internacional. Sobre Direitos Humanos eu entendo um pouquinho. Basta isso pra ver o nível de desinformação, manipulação e mentira da grande mídia. Se eu soubesse um pouqinho mais sobre outras coisas, veria mais.
O marido da Fátima Bernardes costuma comparar o expectador médio do Jornal Nacional ao Homer Simpson. Ele faz um telejornal com o conteúdo e a capacidade crítico-analítca do Homer Simpson.
Tudo isso para dizer que errei minha previsão. Ainda bem, ficou melhor do que eu esperava. Conforme Millor Fernandes, é melhor ser pessimista que otimista, pois o pessimista fica contente quando acerta e quando erra.
Minha próxima previsão é que esste tema não será soterrado pelo terremoto no Haiti. Vai voltar.
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