A tragédia que envolveu garoto Taisso merece uma reflexão. O menino de treze anos foi morto por garotos iguais a ele e por um motivo absurdo: roubar a arma do pai de Taisso. Conta-nos o noticiário que a arma pertencia ao pai de Taisso e que os jovens que mataram o garoto já haviam premeditado assassiná-lo para obter a arma. Os familiares de Taisso dizem que o único vício do menino era a lan house. parece que o problema do garoto era bem maior.
Marcos Rolim escreveu um livro com sólidos argumentos contra a venda de arams de fogo. Porém, parece que argumentos não são fazem efeito no batalhão de pesoas que considera que possuir uma arma é um instrumento de defesa e não, como ficou demonstrado no caso de Taisso, um modo de disseminar a violência. O pai do garoto provavelmente votou contra o desarmamento. Pois a arma que seria sua segurança tirou a vida do próprio filho. Ainda assim, não vislumbro que esse episódio possa arrefecer o ânimo dos defensores do armamento da sociedade. À época do referendo do desarmamento, fiz uma pesquisa simples, que deve permanecer atual. Olhando notícias de quinze edições de jornal, encontrei sete referências a mortes como essa de Taisso. Revólveres nas mãos de "pessoas de bem" matando pesoas de bem, comummente crianças. Nenhum conhecido que ouviu esse argumento mudou de idéia. Não fossem os míseros 20% de votos pelo desarmamento no Rio Grande do Sul me sentiria um fracassado que não convence ninguém.
Provavelmente virão mais campanhas pela redução da idade penal. E assim seguimos; correndo atrás do problema e propondo receitas dos mesmos remédios que não têm dado certo há tantos anos.
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